domingo, 20 de julho de 2008

Hamilton vence e brasileiros completam pódio

     Como era esperado, Lewis Hamilton venceu o GP da Alemanha deste domingo (20), em Hockenheim, de maneira categórica. Mas não foi uma vitória simples. O inglês precisou superar um erro de estratégia da McLaren para ganhar. E, surpresa das surpresas, viu Nelsinho Piquet completar a prova logo atrás, em segundo, com Felipe Massa chegando na terceira colocação.
 
     O pódio com dois brasileiros, aliás, aconteceu pela primeira vez desde 1991. Naquele ano, Ayrton Senna e Nelson Piquet dividiram os degraus de honra em duas ocasiões, nos EUA e na Bélgica. Em ambas as provas, Ayrton venceu, enquanto Nelson foi o terceiro.
 
     Voltando ao GP alemão. A corrida começou sem sobressaltos. Na largada, Massa precisou domar o ímpeto de Heikki Kovalainen, que tentou ultrapassá-lo a todo o custo nas voltas iniciais, mas sem sucesso. Mais atrás, Robert Kubica conseguiu superar Kimi Raikkonen e ainda contou com um toque entre Jarno Trulli e Fernando Alonso para terminar a primeira volta em quarto.
 
     Depois, Raikkonen conseguiu superar Alonso para retomar a sexta colocação, enquanto o espanhol não conseguia se acertar no circuito teutônico. As outras posições ficaram praticamente inalteradas, a não ser no fim do pelotão, que viu Rubens Barrichello à frente de Piquet.
 
     E assim, sem grandes alterações — e menos emoções ainda —, o tempo foi passando. Todos, com apenas uma exceção, fizeram suas paradas entre as voltas 18 e 23, e apenas Kimi conseguiu voltar com vantagem, tendo ultrapassado Trulli após o pit-stop.
 
     A exceção foi Nelsinho. O brasileiro apostou na estratégia de uma única parada, e só visitou os boxes no 34º giro, quando estava em 12º. Porém, o piloto da Renault contou com a sorte, que veio na forma de Timo Glock.
 
     Duas voltas depois, Glock passou por sobre a zebra da reta dos boxes e a Toyota não aguentou a pressão. Resultado? Suspensão traseira quebrada, rodada e uma forte batida no pitwall, provocando a entrada do safety-car.
 
     A situação mudou completamente o panorama da prova. A ordem dos pilotos, que se mantinha a mesma, mudou com as estratégias diferentes de Ferrari e McLaren. A escuderia italiana chamou Massa e Kimi para o reabastecimento e troca de pneus, enquanto a McLaren deixou Hamilton na pista — só Kovalainen fez a parada.
 
     E, com o safety-car e todos os pilotos fazendo seus pit-stops, Nelsinho de repente se viu em terceiro, atrás apenas de Lewis e de Nick Heidfeld, que também continuou na pista, só fazendo sua parada após o término da bandeira amarela.
 
     Aliás, a McLaren tomou a mesma decisão com Hamilton. Incompreensivelmente, o time inglês deixou seu piloto em uma situação difícil, já que só parou na 50ª volta, retornando em quinto, atrás do colega de time Kovalainen. Este, porém, não ofereceu resistência e foi logo superado, deixando Lewis na quarta posição.
 
     Na frente, Piquet não era importunado por Massa e conseguia, inclusive, abrir vantagem, surpreendendo pelo bom ritmo da Renault — enquanto isso, Alonso sofria com ultrapassagens de Sebastian Vettel e rodava no grampo. O espanhol foi apenas o 11º, no final.
 
     Logo, Lewis se aproximou de Massa, e não teve dificuldades para tomar o segundo lugar do brasileiro, que tentou revidar a ultrapassagem, mas sem sucesso. O ritmo do inglês era intenso, e ele tirou rapidamente os dois segundos de vantagem de Nelsinho para, na 59ª passagem, reassumir a liderança. Aí, para não mais perdê-la.
 
     As posições não se alteraram mais, e Hamilton conquistou a quarta vitória na temporada, assumindo a liderança na classificação de forma isolada. Nelsinho, por sua vez, chegou pela primeira vez ao pódio, enquanto Felipe pulou para segundo no campeonato, quatro pontos atrás do líder.
 
     O quarto lugar ficou com Heidfeld. Raikkonen, Kubica e Vettel completaram a zona de pontos. O outro brasileiro, Rubens Barrichello, abandonou após se chocar com David Coulthard em uma disputa de posições.

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