segunda-feira, 29 de agosto de 2011

As avós são sempre velhinhas, desde que nos entendemos por gente. Por isso, quando elas se vão, a gente não sabe direito o que pensar. Quando lembro de minha "nonna", recordo minha infância, aos domingos em sua casa, com ela cozinhando. Aliás, jamais comi e acho que jamais comerei nhoque e cavaquinho tão deliciosos como aqueles que ela fazia com muito amor e carinho. Além da cozinha, ela ainda ficava cuidando do seu filho, dos netos, da macarronada, e do fogão a lenha.

Aí os netos crescem, casam, constituem nova família e ficam meio sem tempo de visitar as avós. Porém, nos últimos tempos, eu e minha avó tivemos uma relação de quase mãe-e-filho, pois ela contraiu Mal de Parkinson e às vezes eu cuidava dela. Minha avó se foi ontem à noite, aos 87 anos. Um dos consolos de nós que ficamos e choramos, é tentar nos convencer que foi melhor assim, pois ela parou de sofrer.

A vida é ingrata às vezes. Confesso que escrevo estas linhas com lágrimas nos olhos, pois essas "velhinhas" fazem muita falta. Resta lembrar os bons momentos juntos, porque já sinto saudades.

Adeus, vó!

2 comentários:

  1. É uma pena... Realmente o que nos resta são as lembranças. O importante é que as que surgem em sua memória são de BONS MOMENTOS vividos. Bjs primo.

    ResponderExcluir