4 de julho de 1954: há exatos 61 anos, o sr. Birabongse Bhanudej Bhanubandh, um homem do Sião (atual Tailândia) preferiu simplificar: ficou reconhecido internacionalmente como Bira. Contudo, não era um Bira qualquer: ele era príncipe de seu reino. Nascido em 15 de julho de 1914, em Bangcoc, o monarca embarcou para a Inglaterra em meados da década de 1920 junto com outros dois irmãos. O objetivo: estudar para administrar o país. Em Londres, porém, o príncipe foi arrebatado pelo automobilismo. Uma paixão sem igual. O príncipe siamês, então, passou a se dedicar às corridas de Grand Prix (provas automobilísticas que antecederam a Fórmula 1, criada em 1950).
Príncipe Bira se tornou um piloto de destaque no automobilismo europeu. Obteve algumas vitórias e muitos pódios em corridas na década de 1930 e 1940. Com a criação da Fórmula 1, o tailandês tratou de desafiar os grandes pilotos da época. Os resultados se minguaram. Raros foram os momentos de glória. O de maior destaque veio naquele 4 de julho de 1954, em Reims, na França. A bordo de um Maserati, o Príncipe se viu contra os fabulosos Mercedes W196. Era a estreia da escuderia alemã na Fórmula 1. Contando com o mítico Juan Manuel Fangio e o alemão Karl Kling, as “flechas de prata” figuraram com os melhores tempos da classificação. Bira, por sua vez, obteve o ótimo sexto lugar na tomada de tempo.
Na largada do GP da França, Bira caiu para o oitavo lugar. Na frente, Kling surgiu na ponta, seguido por Alberto Ascari (Maserati) e Fangio. Com o abandono por problemas de motor de Ascari, bicampeão em 1952 e 1953, e com a ultrapassagem sobre o argentino Roberto Mieres (Maserati), o tailandês retomou a sexta posição. Porém, na passagem seguinte, o terceiro carro da Mercedes daria o ar de sua graça com o alemão Hans Herrmann, e a flecha de prata deixou Bira com o sétimo lugar.
A ascensão do príncipe siamês começaria na volta 10, graças ao abandono do inglês Mike Hawthorn (Ferrari). Na sexta posição, Bira passou a duelar ferozmente com o francês Maurice Trintignant (Ferrari). A cada volta, o tailandês da Maserati e o francês da Rossa trocavam de posições. A briga se encerrou na volta 20, quando Bira se impôs diante Maurice. Na mesma passagem, o argentino Onofre Marimón enfrentou problemas de câmbio em seu Maserati e caiu para último. Antes, José Froilan González (Ferrari) e Herrmann já haviam deixado a disputa. Em suma: o Príncipe era terceiro, atrás somente de Fangio, o líder, e Kling, o segundo.
A disputa acirrada pela liderança da prova em Reims fez com que muitos pensassem num choque entre o argentino e o alemão da Mercedes. Era a teoria do improvável, que culminaria na vitória de Bira. A chuva aumentou o grau de dificuldade da corrida, e também deixou o tailandês da Maserati em maus bocados. O ritmo do príncipe caiu, enquanto as flechas de prata dispararam. Na volta 39, o francês Robert Manzon (Ferrari) ultrapassou o tailandês.
Com o passar do tempo – e da chuva -, a pista de Reims foi secando. E o bom desempenho de Bira foi reaparecendo. Tanto que, na penúltima volta, o tailandês superou o francês da Ferrari. O pódio estava em suas mãos. Todavia, na 60ª e última volta, Manzon bateu o príncipe e obteve o terceiro lugar. Lá na frente, Fangio levou o GP da França por somente 0s1 de vantagem sobre Kling. Foi a primeira vitória da Mercedes na história (com o argentino) e o primeiro pódio de um alemão na categoria (com Kling).
O domínio das flechas de prata e o pódio perdido na última volta reduziram o feito de Bira: o quarto lugar foi seu melhor resultado na Fórmula 1. Era também o ápice de um tailandês na categoria – também pudera, ele foi o único do país asiático a alinhar no grid. O príncipe siamês deixou a Fórmula 1 em 1955 e passou a se dedicar aos seus negócios e à prática de vela – participou de quatro Olimpíadas (Melbourne-1956, Roma-1960, Tóquio-1964 e Munique-1972). Bira morreu em 1985, em Londres, após um infarto fulminante. Mas sua passagem pelas pistas deixa marcas até hoje.
Príncipe Bira se tornou um piloto de destaque no automobilismo europeu. Obteve algumas vitórias e muitos pódios em corridas na década de 1930 e 1940. Com a criação da Fórmula 1, o tailandês tratou de desafiar os grandes pilotos da época. Os resultados se minguaram. Raros foram os momentos de glória. O de maior destaque veio naquele 4 de julho de 1954, em Reims, na França. A bordo de um Maserati, o Príncipe se viu contra os fabulosos Mercedes W196. Era a estreia da escuderia alemã na Fórmula 1. Contando com o mítico Juan Manuel Fangio e o alemão Karl Kling, as “flechas de prata” figuraram com os melhores tempos da classificação. Bira, por sua vez, obteve o ótimo sexto lugar na tomada de tempo.
Na largada do GP da França, Bira caiu para o oitavo lugar. Na frente, Kling surgiu na ponta, seguido por Alberto Ascari (Maserati) e Fangio. Com o abandono por problemas de motor de Ascari, bicampeão em 1952 e 1953, e com a ultrapassagem sobre o argentino Roberto Mieres (Maserati), o tailandês retomou a sexta posição. Porém, na passagem seguinte, o terceiro carro da Mercedes daria o ar de sua graça com o alemão Hans Herrmann, e a flecha de prata deixou Bira com o sétimo lugar.
A ascensão do príncipe siamês começaria na volta 10, graças ao abandono do inglês Mike Hawthorn (Ferrari). Na sexta posição, Bira passou a duelar ferozmente com o francês Maurice Trintignant (Ferrari). A cada volta, o tailandês da Maserati e o francês da Rossa trocavam de posições. A briga se encerrou na volta 20, quando Bira se impôs diante Maurice. Na mesma passagem, o argentino Onofre Marimón enfrentou problemas de câmbio em seu Maserati e caiu para último. Antes, José Froilan González (Ferrari) e Herrmann já haviam deixado a disputa. Em suma: o Príncipe era terceiro, atrás somente de Fangio, o líder, e Kling, o segundo.
A disputa acirrada pela liderança da prova em Reims fez com que muitos pensassem num choque entre o argentino e o alemão da Mercedes. Era a teoria do improvável, que culminaria na vitória de Bira. A chuva aumentou o grau de dificuldade da corrida, e também deixou o tailandês da Maserati em maus bocados. O ritmo do príncipe caiu, enquanto as flechas de prata dispararam. Na volta 39, o francês Robert Manzon (Ferrari) ultrapassou o tailandês.
Com o passar do tempo – e da chuva -, a pista de Reims foi secando. E o bom desempenho de Bira foi reaparecendo. Tanto que, na penúltima volta, o tailandês superou o francês da Ferrari. O pódio estava em suas mãos. Todavia, na 60ª e última volta, Manzon bateu o príncipe e obteve o terceiro lugar. Lá na frente, Fangio levou o GP da França por somente 0s1 de vantagem sobre Kling. Foi a primeira vitória da Mercedes na história (com o argentino) e o primeiro pódio de um alemão na categoria (com Kling).
O domínio das flechas de prata e o pódio perdido na última volta reduziram o feito de Bira: o quarto lugar foi seu melhor resultado na Fórmula 1. Era também o ápice de um tailandês na categoria – também pudera, ele foi o único do país asiático a alinhar no grid. O príncipe siamês deixou a Fórmula 1 em 1955 e passou a se dedicar aos seus negócios e à prática de vela – participou de quatro Olimpíadas (Melbourne-1956, Roma-1960, Tóquio-1964 e Munique-1972). Bira morreu em 1985, em Londres, após um infarto fulminante. Mas sua passagem pelas pistas deixa marcas até hoje.
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