Há exatos 32 anos, em 11/09/1978, a Fórmula 1 perdeu um de seus maiores talentos: o sueco Ronnie Peterson morreu em decorrência de um acidente sofrido na 1ª volta do GP da Itália.
Na foto ao lado: como ficou o carro de Peterson após seu acidente fatal
Naquele GP, disputado um dia antes, Gianni Restelli, diretor de prova, cometeu um grave erro: no momento da largada, nervoso, prestou atenção somente às primeiras filas do grid. Estas pararam normalmente em seus lugares, mas os carros das filas do meio para trás ainda estavam em movimento quando Restelli autorizou a largada.
Antes da primeira curva, que era à esquerda, onde o trecho afunilava-se, os carros já estavam a mais de 200 km/h. Riccardo Patrese bateu em James Hunt, que estava a seu lado. Hunt, por sua vez, bateu em Peterson. O carro do sueco bateu no guard-rail esquerdo, pegou fogo, pois o tanque rompeu-se e todo o conteúdo, já em chamas, espalhou-se, e voltou para o meio da pista, totalmente destruído pela colisão violenta e pelo incêndio.
Os bombeiros acionaram rapidamente os extintores e a chegada dos médicos foi rápida, mas Ronnie Peterson foi retirado do carro pelos próprios colegas pilotos. James Hunt e Clay Regazzoni foram os mais atuantes e passaram longos minutos conversando com o sueco, que recebeu os primeiros socorros deitado na pista. Estava consciente e falava, com múltiplas fraturas expostas em ambas as pernas.
Levado ao Hospital Nigarda, em Milão, ficou constatada a gravidade das fraturas nas pernas de Peterson. O pé esquerdo foi amputado, assim como alguns dedos do pé direito, e ainda havia risco de amputação da perna direita. Mas o pior aconteceu: no dia seguinte, uma embolia (entrada de tecido na corrente sanguínea) agravou o quadro clínico e rapidamente levou Ronnie Peterson à morte.
Um inquérito foi aberto para apurar as causas do acidente. Riccardo Patrese, que nas corridas anteriores já havia sido alvo de reclamações por condução perigosa e, por pressão dos próprios pilotos, foi punido com suspensão de uma corrida. Emerson Fittipaldi, junto com outros veteranos, foi um dos mais veementes acusadores de Patrese. Jody Scheckter, por sua vez, considerava “estúpido e irresponsável” culpar apenas um piloto por um acidente coletivo em que o erro do diretor de largada e o afunilamento da pista atuaram ao mesmo tempo como causas e agravantes. “Não aconteceu um crime, mas um acidente de competição. É muito duro, mas somos profissionais e temos que aceitar que essas coisas podem acontecer”, afirmou Scheckter.
Em 1979, a FIA atendeu à reivindicação dos pilotos e passou a designar um starter oficial para todos os GPs, além de colocar um encarregado de sinalizar quando o último carro parasse no grid - procedimentos usados até os dias atuais. No final daquele ano, a justiça italiana declarou Riccardo Patrese inocente.
Com a morte de Ronnie Peterson, Mario Andretti conquistou matematicamente seu único título mundial de pilotos. Sem Peterson, os organizadores do GP da Suécia tiveram muitas dificuldades para conseguir patrocínio para o GP local, que foi cancelado e nunca mais voltou ao calendário da Fórmula 1.
Na foto ao lado: como ficou o carro de Peterson após seu acidente fatal
Naquele GP, disputado um dia antes, Gianni Restelli, diretor de prova, cometeu um grave erro: no momento da largada, nervoso, prestou atenção somente às primeiras filas do grid. Estas pararam normalmente em seus lugares, mas os carros das filas do meio para trás ainda estavam em movimento quando Restelli autorizou a largada.
Antes da primeira curva, que era à esquerda, onde o trecho afunilava-se, os carros já estavam a mais de 200 km/h. Riccardo Patrese bateu em James Hunt, que estava a seu lado. Hunt, por sua vez, bateu em Peterson. O carro do sueco bateu no guard-rail esquerdo, pegou fogo, pois o tanque rompeu-se e todo o conteúdo, já em chamas, espalhou-se, e voltou para o meio da pista, totalmente destruído pela colisão violenta e pelo incêndio.
Os bombeiros acionaram rapidamente os extintores e a chegada dos médicos foi rápida, mas Ronnie Peterson foi retirado do carro pelos próprios colegas pilotos. James Hunt e Clay Regazzoni foram os mais atuantes e passaram longos minutos conversando com o sueco, que recebeu os primeiros socorros deitado na pista. Estava consciente e falava, com múltiplas fraturas expostas em ambas as pernas.
Levado ao Hospital Nigarda, em Milão, ficou constatada a gravidade das fraturas nas pernas de Peterson. O pé esquerdo foi amputado, assim como alguns dedos do pé direito, e ainda havia risco de amputação da perna direita. Mas o pior aconteceu: no dia seguinte, uma embolia (entrada de tecido na corrente sanguínea) agravou o quadro clínico e rapidamente levou Ronnie Peterson à morte.
Um inquérito foi aberto para apurar as causas do acidente. Riccardo Patrese, que nas corridas anteriores já havia sido alvo de reclamações por condução perigosa e, por pressão dos próprios pilotos, foi punido com suspensão de uma corrida. Emerson Fittipaldi, junto com outros veteranos, foi um dos mais veementes acusadores de Patrese. Jody Scheckter, por sua vez, considerava “estúpido e irresponsável” culpar apenas um piloto por um acidente coletivo em que o erro do diretor de largada e o afunilamento da pista atuaram ao mesmo tempo como causas e agravantes. “Não aconteceu um crime, mas um acidente de competição. É muito duro, mas somos profissionais e temos que aceitar que essas coisas podem acontecer”, afirmou Scheckter.
Em 1979, a FIA atendeu à reivindicação dos pilotos e passou a designar um starter oficial para todos os GPs, além de colocar um encarregado de sinalizar quando o último carro parasse no grid - procedimentos usados até os dias atuais. No final daquele ano, a justiça italiana declarou Riccardo Patrese inocente.
Com a morte de Ronnie Peterson, Mario Andretti conquistou matematicamente seu único título mundial de pilotos. Sem Peterson, os organizadores do GP da Suécia tiveram muitas dificuldades para conseguir patrocínio para o GP local, que foi cancelado e nunca mais voltou ao calendário da Fórmula 1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário